Entrou em vigor, no dia 20 de Maio de 2015, a Lei Federal 12.977/2014, que em seu texto, regulamenta a atividade de desmanche e comércio de peças de veículos no Brasil.

A lei prevê, que a atividade de desmonte de veículo, seguida da reposição ao mercado de autopeças, sucata ou outra destinação final do veículo só pode ser realizada por empresas de desmontagem devidamente registradas perante o órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal em que atuar.

Além disso, somente poderão ser destinadas à reposição as peças usadas que atendam as exigências técnicas necessárias para sua reutilização, ou seja, que preencham os requisitos de segurança e demais critérios exigidos pelo Contran e que permitam a rastreabilidade da origem da peça.

O objetivo desta lei é combater o furto e roubo de veículos e a violência associada a esses crimes. Além disso, o credenciamento dos Centros de Desmanches Veiculares junto ao Detran de cada estado contribui também para dar garantia de segurança das peças comercializadas pelas empresas credenciadas.

CDV é a sigla utilizada pelo Detran-RS para nomear os Centros de Desmontagens de Veículos. Assim como as infrações, os centros de remoção de veículos e os centros de formação de condutores, a partir de 2015, as antigas lojas de peças usadas e os desmanches de veículos passaram a ser regulamentados pelo Detran e hoje, são chamados de Centros de Desmanches Veiculares (CDV).

O processo de credenciamento é criterioso, somente empresas que cumprem todos os requisitos solicitados nas diversas portarias e normas têm permissão para realizar essa atividade.

O CDV tem como função: desmontar o veículo em fim de vida útil (após ter sido baixado); classificar as peças passíveis de reaproveitamento; separar o material excedente; destinar todos os resíduos às devidas recicladoras; e cadastrar todos os componentes no sistema GID-CDV do Detran/RS para que possam ser comercializadas novamente.

O sistema GID-CDV armazena todo o histórico do veículo desmontado e emite uma etiqueta que contém todas as informações, para que o consumidor tenha garantia da origem e procedência da peça que está adquirindo.

• Ao chegar ao pátio da empresa, o veículo é encaminhado para a área de descontaminação. Lá são retirados todos os fluídos aparentes e uma pré-lavagem é efetuada em toda a parte externa do veículo;
• Os documentos de arremate são recebidos e conferidos no sistema. Fechando a numeração de chassi, motor, câmbio e vidros, o veículo é lançado no sistema e liberado para retirada de peças;
• O primeiro check-list das peças é efetuado pelo mecânico responsável e as peças com danos aparentes são encaminhadas para a área de descarte;
• As peças sem avarias são relacionadas, lançadas no sistema e identificadas uma a uma, com etiquetas;
• As peças que não estão em condições de comercialização são enviadas pela equipe interna de mecânicos para a área de descarte;
• Depois de classificadas todas as peças pela equipe interna de mecânicos, o responsável técnico da desmontagem analisa e revisa as peças relacionadas e, caso alguma peça não esteja em condições de ser reutilizada, também é enviada a área de descarte;
• As peças prontas para comercialização e devidamente etiquetadas são armazenadas no estoque;
• Ao final da desmontagem, os materiais da área de descarte são separados e encaminhados para seus devidos recicladores;
• Os resíduos líquidos que sobraram do processo de desmontagem são despejados em um separador e são recolhidos periodicamente por empresas certificadas.

Procedência: ao comprar de um CDV você tem a garantia da procedência da peça, afinal, todos os itens cadastrados no sistema GID, possuem a certidão de baixa do veículo de origem com todas as informações, como ano, modelo, placa e descrição correta do item.

Prática sustentável: desde a chegada do veículo no CDV, diversos procedimentos de redução de impacto ambiental são realizados. Antes da desmontagem, é feita a descontaminação completa do veículo; após o desmonte, as peças são lavadas e os resíduos de óleo devidamente separados com equipamentos especiais. Nenhuma peça ou carcaça de veículo fica exposta ao tempo, o que garante a não contaminação do solo.

Custos reduzidos: a indústria automobilística trabalha com vários componentes importados e de venda exclusiva. Tal prática dificulta a reposição de algumas partes do veículo e automaticamente encarece a manutenção das peças. Comprando de um CDV, você conseguirá encontrar peças raras com custos acessíveis e competitivos.